domingo, 31 de maio de 2009

O primeiro erro de Dorival


Sou fã de Dorival Jr. Mesmo. Vejo nele o comandante que o Vasco precisava para se reerguer dentro das quatro linhas. Dorival é um treinador sério. E nesta frase estão duas constatações pra lá de importantes. A primeira: ele é, realmente, um treinador. Na acepção da palavra. Ele dá treinos diários. Não é chegado à rachões em véspera de jogos. Prefere o trabalho. E isso pode fazer a diferença. Nos meus anos de setorista de clube - cobri diariamente Vasco e Flamengo - uma das coisas que me chamavam a atenção era a rapidez dos treinamentos. Não raramente, os jogadores demoravam mais nos vestiários do que trabalhando. Com Dorival não é assim. banho merecido só vem depois de muito esforço.

Vamos à segunda constatação. Dorival Jr é um homem centrado. Sério no campo de treino, à beira do campo, no programas de TV e nas entrevistas coletivas. Não faz tipo. Está tão distante do mau humor forçado de Muricy quanto da fanfarronice de Renato Gaúcho. Dorival foi, sem dúvida, o gol mais bonito da gestão de Roberto Dinamite.

Voltemos, porém, ao tema. Apesar de todas as qualidades, Dorival também é humano. E, como tal, tem direito ao erro. E o mais relevante deles aconteceu agora. Ao decidir poupar os titulares contra o fraquíssimo Paraná no último sábado (30) em Curitiba, Dorival foi contra o seu discurso. Desde que o Vasco foi rebaixado, no fim do ano passado, a prioridade em São Januário é de que o time volte à elite do futebol nacional. Justo. E esse discurso continua em voga, embora a preservação de alguns jogadores vá de encontro a ele. Desde que acumula Série B e Copa do Brasil, o Vasco vem entrando em campo com o que tem de melhor em cada partida. Contra o Paraná, não. Somente Fernando Prass começou jogando.

Para poupar os jogadores pra a difícil, porém possivel, missão de eliminar o Corinthians na Copa do Brasil, na próxima quarta (3), no Pacaembu, o treinador cruzmaltino arriscou a liderança da Série B ao escalar caras novas no elenco, como Paulinho, Pará, e promover a reestreia de Fernadinho. Ainda assim, o Vasco poderia ter se mantido na ponta da Segundona. Chegou até a abrir o placar, com o grandalhão Edgar. Mas tomou a virada do ridículo time paranaense. Tudo bem. O campeonato é longo e o risco foi calculado. Até aí, nada demais.

O grande problema é que, percebendo a fragilidade do adversário e assistindo à três pontos sendo jogados pela janela, Dorival lançou no início do segundo tempo três jogadores fudamentais para o Novo Vasco: Ramon, Niton e Pimpão. Mas já era tarde. Os três não coneguiram render o que deles de esperava, e, pior, jogaram quase que um tempo inteiro, em um campo horroroso. Será que estarão 100% para a decisão contra o Timão?

Se Dorival tivesse a convicção de que a Copa do Brasil era o que importava para o Vasco nesta semana, não deveria colocar essa tríade em campo. Não deveria nem levar titular algum para o Sul, pois a viagem por si só já é desgastante. Conclusão: o Vasco perdeu a partida, a liderança e ainda pode ter comprometido a condição física de pelo menos três peças importantes da equipe.

Mas Dorival é humano. E tem crédito. Eu o perdoo.

sábado, 30 de maio de 2009

Começar de novo...

Escrever é um dom? Acredito que sim, embora tenha ciência de que, assim como qualquer outra atividade, o ato de escrever pode ser desenvolvido e incrementado pela prática e pelo estudo. Negar a predileção para determinada habilidade, potanto, seria no mínimo uma atitude pouco inteligente. Ainda mais quando a habilidade em questão causa prazer.

As elucubrações iniciais foram só para justificar minha nova empreitada. Rendi-me. Deixei que a lúdica batalha entre letras, palvras, frases e orações me invadisse novamente. Decidi vencer a preguiça e o teclado em estado de putrefação. Tudo pelo prazer de escrver. E de ser lido. Espero essas palpitações não sejam somente um rompante. Tomara que as desilusões vividas nestes quatro anos de vivência em Redações sejam sufocadas pelo instinto de jornalista. Comecemos de novo.

PS: Obrigado ao irmão PH e aos amigos Camilo e Thiagot, que me motivaram a entrar nesse mundo relativamente novo para mim.
PS2: Os demais posts serão menos poéticos. E mais ácidos.